Grupo de indígenas segue na área da Fepagro e possui "fornecimento limitado" de energia elétrica, afirma advogado

Grupo de indígenas segue na área da Fepagro e possui

Foto: Arquivo Pessoal

Situação registrada na noite desta quinta-feira no espaço ocupado pelo grupo indígena

O grupo de indígenas da etnia caingangue, que ocupou uma área da Fepagro, no distrito da Boca do Monte, em Santa Maria, segue no local. De acordo com o advogado Gabriel de Oliveira Soares, o espaço conta com fornecimento limitado de energia elétrica. 

Ainda na noite de quarta-feira (16), foi feita a ligação de três lâmpadas na área externa do local onde as famílias estão abrigadas. Essa ação foi realizada com articulação da Brigada Militar e da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores. Já as aulas na Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Boca do Monte seguem suspensas.


​+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp


Desde a noite de terça-feira (15), os indígenas estão em um espaço que é aberto nas laterais e coberto em cima, nos fundos do local, para que pudessem se abrigar do frio e dormir. Também foi informado que conseguiram lonas para cobrir as laterais desta área, além de comida. O grupo é composto no total por 19 pessoas, entre crianças, idosos e adultos, de diferentes cidades do Estado, principalmente de locais afetados pelas enchentes do ano passado. A reinvindicação é de um lugar para viver. 


No início da tarde de quarta-feira (16), havia sido informado que a energia elétrica teria sido cortada e que os chuveiros haviam sido retirados do espaço. Além disso, haveria baixa pressão da água. A reportagem questionou a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), que retornou informando que nada foi desligado ou cortado: "Não há luz no local há muitos anos, assim como não tem chuveiros no espaço físico próximo de onde o grupo indígena se encontra. Além disso, a água que chega no local é de poço e por isso pode apresentar instabilidade".


Questionado sobre esse posicionamento, Soares rebateu a informação e informou que havia luz no espaço na noite de terça, mas a situação teria mudado ao longo da madrugada. Já na noite desta quinta-feira (17), a situação é classificada como "fornecimento limitado de energia elétrica".


O advogado também pontuou que, até o momento, não há qualquer decisão judicial que determine a retirada do grupo da área, e ainda disse que, embora o grupo queira permanecer na área da Fepagro, há abertura para diálogo. 


Uma guarnição da Brigada Militar segue fazendo o patrulhamento no espaço, por se tratar de uma área estadual.

Foto: Vinicius Becker (Diário)


Aulas seguem suspensas
Até o momento, as aulas seguem suspensas na Escola Municipal Boca do Monte, segundo informa a diretora Carine de Souza. 


Relembre o caso

Ocupação teve início no fim da manhã de terça-feira (15)Foto: Vinicius Machado (Diário)


O grupo chegou na área da Fepagro no fim da manhã de terça-feira (15), em busca de um novo lugar para viver. Pelo menos 19 pessoas, entre crianças, idosos e adultos carregavam itens pessoais, além de mobília como geladeira, sofá e fogão. Por se tratar de uma área estadual, a Brigada Militar foi acionada para o atendimento da ocorrência. No espaço, fica a Escola Municipal Boca do Monte, que foi esvaziadas e teve as aulas suspensas desde então.


Em um primeiro momento, houve a tentativa de levar o grupo para o Bairro Camobi, mas a proposta não teria sido aceita. Segundo o advogado do grupo, o atual local oferece condições adequadas tanto para a subsistência quanto para práticas culturais e de preservação ambiental do grupo. 



Leia mais:



Hospital da Brigada Militar inaugura novo serviço em Santa Maria Anterior

Hospital da Brigada Militar inaugura novo serviço em Santa Maria

VÍDEO: Mulher que fez chá revelando traições desabafa nas redes sociais Próximo

VÍDEO: Mulher que fez chá revelando traições desabafa nas redes sociais

Plantão
Logo tv diário
Logo rádio diário

AO VIVO

ASSISTA AGORA
MAIS BEI